Brasil e o Fantasma da Pobreza Extrema

Brasil e o Fantasma da Pobreza Extrema
Imagem retirada da Internet

Nas conversas informas entre brasileiros, é muito comum que alguém intitule-se como uma pessoa menos favorecida.

Alguns podem pensar quem tal atitude é aleatória e automática, entretanto, é, na verdade, uma questão puramente Histórica.

Se voltarmos no tempo, para a época do descobrimento do Brasil, notaremos que a chegada dos portugueses em nosso território foi marcada por um inicial estranhamento, tanto da parte dos indígenas quanto da parte dos conquistadores.

Sabe-se que os conquistadores enxergavam aquela nova terra como algo de sua posse por direito, o que é absurdo, pois os indígenas chegaram ali primeiro. Entretanto, se eu fosse me estender apenas neste assunto, ficaríamos aqui por horas.

Os portugueses tentaram calar as crenças dos indígenas ensinando a eles o que é era Catolicismo. Também tentaram calar suas vozes ensinando a eles o que é era português, que aliás falamos até os dias de hoje.

Mortes e punições ocorreriam em grande número para aqueles que tentavam sequer descordar da opinião dos portugueses.

Tempos depois, quando precisaram de mão de obra para trabalhar nas plantações de café e algodão, por exemplo, os portugueses arrancaram de sua terra natal diversos africanos. Estes eram obrigados a trabalhar por horas sem condições dignas de um ser humano. E não estou exagerando quando digo isto, pois os português tratavam os negros como animais. Chegavam a dizer que eles não tinham alma.

Para aqueles que tentavam fugir, ou mesmo ir contra às ordens portuguesas, castigos físicos cruéis dobravam a resistência de suas almas.

Por muito tempo os portugueses assassinaram as vozes, culturas e os corações de indígenas e negros.

Só em 13 de Maio de 1888 os negros ganhariam a liberdade.

Mas liberdade em que sentido? Que tipo de liberdade?

Os negros simplesmente foram jogados no mundo à própria sorte. Sem casa, sem comida, sem dignidade.

O que se sucedeu foi o deslocamento em massa desses mesmos negros em direção aos morros, nos quais construiriam barracos, que dariam origem às favelas.

Note que o problema do Brasil não é sobre o quão cara a cenoura está atualmente (mesmo que ela esteja o olho da cara). O problema do Brasil é algo estrutural, vem desde suas origens.

Portanto nada mudará enquanto não pararmos e dermos assistência aos descendentes daqueles negros que foram jogados no mundo para morrerem depois de ganharem a “liberdade”.