Por um oceano de sustentabilidade

Por um oceano de sustentabilidade
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Eles cobrem mais de 70% do planeta. Abrigam a maior parte da biodiversidade da Terra. E produzem metade do oxigênio que garante a sobreviviência dos seres vivos em nosso mundo. Só esses dados já seriam motivo suficiente para provocar reflexões constantes sobre a preservação do manancial azul que banha todos os continentes. Mas a falta de cuidado da parte dos humanos fez com que a Organização das Nações Unidas (ONU) estabelecesse, em 2008, a data de 8 de junho de cada ano como o Dia Mundial dos Oceanos.
A ideia nasceu em 1992, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a ECO 92, realizada no Rio de Janeiro. A meta já era forçar sociedade civil, grandes empresas e autoridades políticas a tornar a preservação dos oceanos prioritária na agenda de desenvolvimento sustentável. A proposta leva em conta, atualmente, o fato de quase 40 milhões de pessoas estarem empregadas em atividades relacionadas à indústria marítima, enquanto que 90% da população de peixes de grande porte e 50% dos recifes de coral estão ameaçados no mundo marinho, por culpa da poluição.
Segundo dados da ONU, a cada ano, de 19 a 23 milhões de toneladas de plásticos são despejadas nos mares, afetando mais de 800 espécies. Avanços desse tipo, somados à reflexão de que a saúde dos oceanos é fundamental para a sobrevivência do planeta, têm repercutido num número maior de pessoas engajadas em projetos e programas de sustentabilidade. Ainda é pouco. Mas ter uma data marcada no calendário para reforçar esta tomada de consciência é uma excelente forma de fechar a Semana Internacional do Meio Ambiente.