O Brasil que Não Vemos
Os prédios charmosos de Paris, com lojas suas lojas de roupas de grife…
O Vaticano, com suas obras sacras raríssimas...
O Japão, com sua mistura de templos imponentes e construções super modernas...
Mesmo os brasileiros que nunca viajaram conhecem bem o exterior. Tudo graças à popularização da internet.
Temos o terrível hábito de menosprezar até mesmo nosso próprio idioma para enaltecer palavras de origem estrangeira.
Todo gringo que aqui pisa é muito bem tratado. Basta dizer que não é brasileiro e automaticamente todos abrem um largo sorriso.
Mas e nossos irmãos brasileiros? E nossa cultura? Nossos costumes?
Porque tempos esse horrível hábito de nos diminuir para engrandecer pessoas que nem se importam conosco?
Talvez isso seja reflexo da globalização, pois a maioria das coisas que consumimos não são nossas.
Músicas e programas de TV que são veiculados aqui são, na verdade, meras cópias de formatos que deram certo no exterior.
Porque um prato de sushi é mais sofisticado aos nossos olhos do que o nosso bom e velho arroz com feijão.
A maioria de nós, que venera o exterior, sequer parou para pensar nas riquezas que existem em nosso próprio território.
Os negros, quando vieram para cá em navios negreiros, criaram em solo brasileiro pratos como a feijoada, feita com os restos de alimentos que seus senhores desprezavam.
É uma parte da história do nosso país que desfila dia após dia por nossos pratos, mas nem nos damos conta disso.
Se você voltar seu olhar para o Brasil, encontrará aqui prédios que se assemelham ao estilo europeu, principalmente no sul do país.
Comidas como o quibe e a esfirra, tornaram-se praticamente outros pratos ao serem modificados pela nossa genialidade gastronômica.
E o que dizer do estrogonofe brasileiro? Muito superior ao prato original russo.
Cenários cinematográficos descansam Brasil adentro, apenas esperando para serem contemplados pelos nossos olhos. Basta deixarmos de olhar para fora e começarmos a olhar para dentro.